Segue a orientação sobre como os educadores devem conduzir cada aula.
Duração: 90 minutos.
Recursos para utilizar: Folha de ofício.
Local: Sala de aula.
De acordo com Carl Rogers, o facilitador deve demonstrar seu desejo de ensinar por meio de aulas criativas, metodologias variadas e recursos didáticos que promovam o interesse e a participação ativa dos estudantes no processo de ensino-aprendizagem. Com isso em mente, começaremos explicando à turma que aplicaremos uma sequência didática utilizando o LEGO Mindstorms EV3, na qual construiremos uma catapulta para explorar os princípios do lançamento de projéteis. Além disso, através de uma aula expositiva, apresentaremos os passos, que são:
1. Montagem do kit LEGO Mindstorms EV3.
2. Estudo dirigido sobre Lançamento de Projéteis.
3. Explicação e entrega do roteiro.
4. Coleta de dados.
5. Avaliação dos resultados e dinâmica dos cartões.
Ao detalhar essas etapas, os alunos poderão compreender como o projeto será desenvolvido e como conseguirão se envolver ativamente no processo de aprendizagem. Em seguida, iremos expor os kits LEGO Mindstorms EV3, mostrando todas as peças que compõe o kit e permitindo que os alunos as toquem e manipulem para despertar a curiosidade e o interesse. Aproveitaremos para explicar aos estudantes que o LEGO faz parte da família LEGO Mindstorms Education, sendo uma linha de brinquedos LEGO direcionada para a educação tecnológica. Ao longo dos anos, essa ferramenta tem demonstrado ser uma perfeita aliada para o desenvolvimento de habilidades como criatividade, autonomia e o raciocínio lógico, além de oferecer experiências práticas em programação e montagem.
Para Rogers, o professor deve permitir que os estudantes tenham a liberdade de expressar seu potencial de aprendizagem, acreditando no diálogo e na troca de informações por meio de atividades educativas coletivas. Além disso, sabemos que algumas instituições de ensino não dispõe de uma quantidade suficiente de kits LEGO para que todos os estudantes possam executar suas atividades simultaneamente. Por isso, pediremos que os estudantes formem grupos de no máximo 4 (quatro) componentes.
Em seguida, com a folha de ofício, escreveremos as letras A e B de forma igualitária e solicitaremos que um representante de cada grupo retire um papel. Dessa forma, separaremos a turma em dois grupo A e B. Essa estratégia, mesmo diante da limitação de recursos didáticos, garante que todos os estudantes possam participar ativamente das atividades propostas.
Antes de encerrarmos o encontro, disponibilizaremos aos alunos o código de uma sala de aula virtual do Google (classroom), onde serão postados todos os links e materiais necessários para as atividades. Isso permitirá que eles tenham acesso antecipado aos recursos antes das próximas aulas e quando finalizarem as atividades possam enviar as respostas do guia de estudo e do roteiro.
Para garantir que os alunos acessem os materiais com antecedência, criamos o que chamamos de “Caminho da Aprendizagem”. Dentro dos recursos didáticos, escondemos perguntas que só podem ser respondidas até o dia da próxima aula. Ao final, os alunos que acumularem mais pontos aparecerão em um ranking, e serão reconhecidos com prêmios simbólicos, como pontos extras em atividades ou outras formas de incentivo.
Duração: 90 minutos.
Recursos para utilizar: Manual e vídeo de montagem e programação do LEGO; notebook; livros; E-book; Software de simuladores de lançamento de projéteis; pincel; quadro branco e estudo dirigido impresso ou online.
Local: Essas atividades podem ocorrer tanto na sala de aula, no laboratório, na sala de informática ou na biblioteca.
Na segunda aula, vamos explicar aos estudantes que teremos duas atividades ocorrendo ao mesmo tempo: o estudo dirigido e a montagem e programação do LEGO. Para realizar essas atividades, direcionaremos um grupo para o estudo dirigido e o outro grupo para a montagem e programação. Na próxima aula inverteremos os grupos. Isso se deve ao fato de que todos os grupos precisarão tanto montar e programar o LEGO quanto estudar o assunto.
Duração: 90 minutos.
Recursos para utilizar: Roteiro, trena, transferidor, cronômetro, papel carbono A4, folha de ofício A4, folha de seda e fita crepe.
Local: Sala de aula ou laboratório.
Caso haja a limitação de Kits LEGO, faça a separação dos grupos por aula. Assim, na 4ª aula, apenas o grupo A irá ao laboratório para aplicar o roteiro, enquanto o grupo B participará na próxima aula.
Essa aplicação tem como objetivo permitir que os estudantes apliquem todos os conhecimentos adquiridos nas aulas anteriores sobre Lançamento de Projéteis. É um momento em que os alunos se concentram em obter as medidas necessárias e em responder ao roteiro de forma precisa e completa. Por isso, é fundamental orientar os grupos a acessar o roteiro com antecedência, que estará postado no sala de aula virtual. Após finalizarem as atividades, os grupos deverão enviar as respostas através do classroom e se prepararem para a apresentação.
De acordo com a teoria da aprendizagem significativa de Rogers, o aprendizado é mais eficaz quando o próprio estudante descobre por si mesmo, através da execução, exploração e observação, envolvendo seus sentimentos e pensamentos em algo que tenha significado para ele. O estudante se torna o protagonista, desenvolvendo suas habilidades e competências.
Nesta atividade, os alunos responderão a dois roteiros, que são:
Lançamento Oblíquo: Conservação da Energia Mecânica.
Lançamento Horizontal: Alcance e Velocidade de Impacto.
No primeiro roteiro, os alunos calcularão a velocidade inicial da esfera lançada a 45° a partir do alcance obtido, determinarão a altura máxima atingida pela esfera utilizando o princípio da conservação da energia mecânica e verificarão a conservação dessa energia em um lançamento feito a 45°. No segundo, os alunos identificarão e medir o alcance de um projétil em um lançamento horizontal, verificarão que esse movimento é a combinação de dois movimentos retilíneos e determinarão a velocidade total no ponto de impacto com o solo.
Com a catapulta montada e programada, solicite a cada grupo que verifique o seu funcionamento lançando o pneu e a bolinha de metal incluídos no próprio kit. Em seguida, com os recursos em mãos, oriente que as equipes realizem as medições necessárias primeiro e só depois respondam às perguntas do roteiro. Caso não consigam responder todas as perguntas, poderão completar as respostas na próxima aula, com base nas medições realizadas.
Duração: 90 minutos.
Recursos para utilizar: Pincel e quadro.
Local: Sala de aula.
Segundo a teoria de Rogers, a aprendizagem se torna eficaz quando os alunos relacionam os conhecimentos com o seu cotidiano. Para promover essa conexão, organizaremos a turma em círculo e distribuiremos 30 cartões entre os alunos. Esses cartões contém figuras com situações que envolvem o lançamento de projéteis, enumerados de 1 à 15, enquanto outros terão perguntas relacionadas a essas situações.
Começaremos perguntando: "Quem é o aluno que possui o cartão número 1?" e pediremos que o aluno descreva o que está representado na figura. Em sequência, solicitaremos à turma que identifique qual pergunta está relacionada à imagem e, em conjunto, respondam à pergunta.
Incentivaremos os alunos a compartilhar os conceitos sobre o lançamento de projéteis aprendidos nas atividades anteriores, além de explorar suas dúvidas e curiosidades por meio de perguntas complementares. Um exemplo de questionamento seria: "É possível calcular a velocidade de uma bola de basquete ao ser arremessada?". A partir das respostas, daremos continuidade à atividade, ampliando a discussão para outras figuras e questões.
Considerando todas as etapas necessárias para a aplicação da sequência didática e a carga horária limitada da disciplina de Física, sugerimos que essa SD seja desenvolvida como um projeto de ensino, podendo ser executada em horário extraclasse. Dessa forma, o educador pode convidar a turma para participar do projeto, complementando as aulas regulares.
Além disso, ao analisarmos a ementa do 1º ano do ensino médio, percebemos que os alunos não conseguem abranger os tópicos relacionados à energia e sua conservação. Portanto, o professor que utilizar esta SD para turmas do primeiro ano tem a liberdade de adaptar o roteiro, focando apenas nos conceitos que não incluem a energia. Por outro lado, para os alunos do 2º ano, que já possuem uma base sobre energia e gravitação, o roteiro completo pode ser aplicado sem modificações significativas.
Aliás, há casos em que professores enfrentam dificuldades ao abordar o tema de lançamento de projéteis por causa da carga horária limitada. Nesse sentido, esta SD pode ser uma estratégia para que os alunos possam estudar esse tema de forma mais aprofundada.
Avaliação
Para assegurar a integridade do processo de avaliação, foi implementado um mecanismo de controle. Quando a diferença entre a nota do facilitador e a autoavaliação do aluno for superior a 20%, a nota final será ajustada por meio de uma média ponderada, atribuindo maior peso à avaliação do facilitador. Nesse caso, aplica-se uma fórmula de ajuste, em que 75% da nota é baseada na avaliação do facilitador e 25% na autoavaliação do aluno.